Entra Outubro e Rojanski coloca na tabuleta da entrada um novo escrito:

Gosto dos venenos mais lentos! Das bebidas mais fortes! Das drogas mais poderosas! Dos cafés mais amargos! Tenho um apetite voraz. E os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco, que eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!
Clarice Lispector

Como se me adivinhasse. Como se soubesse, sem eu precisar falar, de onde vem a cura exacta para o vómito salobro que a desfaçatez de alguns, às vezes, na calada da noite, quando menos se espera, dá de retorcer dentro das entranhas da gente e a estendesse a mim: assim – sob o lombo simples de um verso mais sábio.

Pudesse a mão que, traiçoeira, nos açoita ao rebordo do penhasco, suspeitar o imenso favor que pode estar fazendo!… Pudesse ela saber que o abismo aberto adiante pode, em verdade, ser somente o passo que faltava para o começo de um vôo outro!…

Ave, Rojanski!!